04/10/2016

Infinita Highway

Talvez ele a tenha mudado. Talvez. Talvez aquela data em especial a tenha mudado. Talvez pessoas que a deixaram a tenham mudado. Talvez pessoas que prometeram ficar, e se foram. Talvez. Talvez aquele caderno com poemas e sentimentos a tivesse mudado. Talvez o medo. Ela mudou. Pelo medo.
 
Se afastou do mundo, e o mundo dela. Saiu da igreja. E relembrou aquele dia. Relembrou as férias. Relembrou as conversas, as risadas, as musicas engraçadas, e a promessa de ficar. Que foi quebrada. 
 
O medo de perder mais alguém a consumou, mas o medo de pedir que ele ficasse era maior. Ela desabou. Ele desabou. Trocaram um beijo, e depois só olhares.

Olhares rápidos, de 2 segundos no máximo, que duravam uma eternidade, e transmitiam as palavras sufocadas que estavam presas em ambos.

Palavras que ainda não foram ditas, mas que estão escritas em letras de musicas, em lugares, e em sentimentos. Sentimentos não revelados, por conta do medo. O medo de amar. O medo que consome a porra da espécie humana, e a mata sempre. O medo de admitir que talvez, só talvez, role alguma coisa, e ele a deixe novamente.
 
 

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